O Comitê Paralímpico Brasileiro
(CPB) deu início às Paralimpíadas Escolares 2023, maior evento esportivo do mundo para jovens
com deficiência, no dia 9 de agosto, com
a Etapa Regional em Belém, no Pará, tendo acontecido a abertura de cerimônia na
Usina da Paz, em Cabanagem. Foi a primeira vez que o projeto do CPB aconteceu
na capital paraense, sendo que o evento estendeu-se até dia 12.
O estado da Paraíba foi representado pelos atletas paralímpicos
picuienses Haynner Philipe Vasconcelos Porto e Yasmin Gabrielly Santos Martins,
alunos da EMEF Ana Maria Gomes. Yasmin Martins conquistou três medalhas (ouro
nas corridas de 75m e 250m e bronze no lançamento de dardo). Haynner Porto também
conquistou três medalhas (ouro nos 75m, prata no arremesso de peso e bronze nos
250m). Com o resultado, ambos estão classificados para a Fase Nacional. Em 2023, as Paralimpíadas Escolares vão receber cerca de 1.800 atletas, em idade escolar
no total, oriundos de todas as 27 unidades federativas do país, sendo a maior
quantidade da história da competição. Os inscritos de 2023 superam os 1.300
participantes da edição do ano passado, quando apenas o Piauí não teve
representantes. O projeto terá o mesmo formato do ano passado. Serão três fases
regionais em Belém, Brasília e São Paulo, entre os meses de agosto e setembro.
Para as regionais, foram selecionadas as modalidades que possuem um grande
número de inscritos na fase nacional. Em Belém, foram 492 atletas inscritos, sendo 336 de atletismo, 57
da bocha e 99 da natação, de 10 estados (Pará, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio
Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Amapá). As provas de
atletismo aconteceram no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA),
da Marinha, enquanto as de natação foram realizadas na Universidade do Estado
do Pará (UEPA); já as disputas de bocha ocorreram no ginásio da Usina da Paz,
em Cabanagem. Os três primeiros colocados nos regionais de atletismo e natação
se classificam automaticamente para a Fase Nacional, em São Paulo, também no
Centro de Treinamento Paralímpico, de 27 de novembro a 2 de dezembro. Já na
bocha, os dois primeiros, por gênero, conquistam a vaga. As Paralimpíadas
Escolares tiveram a sua primeira edição em 2009. Este é o maior evento mundial
para crianças com deficiência em idade escolar. Talentos do paradesporto
brasileiro já passaram pelas Escolares, como Petrúcio Ferreira, recordista
mundial nos 100m (classe T47), bicampeão paralímpico e tri mundial; o jogador
de goalball Leomon Moreno, prata nos Jogos de Londres 2012, bronze no Rio 2016
e ouro em Tóquio 2020; a mesatenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016 e
prata nos Jogos de Tóquio 2020, entre outros. No ano passado, o Estado de São Paulo terminou como o campeão das Paralimpíadas
Escolares. Foi o 10º título do estado desde 2006, ano em que o CPB organizou a
primeira edição dos Paralímpicos do Futuro, evento que ocorreu até 2007 e
antecedeu as Paralimpíadas Escolares, nome adotado a partir de 2009. Fonte: www.cpg.org.br